sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Tudo é relativo (?)
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Feelings and Chaos
(interseção entre os temas de dois blogs)
Quando esta ideia me surgiu na cabeça, pensei que seria fácil escrever sobre o caos de outra pessoa, justamente por conhecê-la razoavelmente bem a ponto de entender um pouco do seu caos. Não que as ideias não tenham surgido... elas, de fato, borbulham na minha mente... mas uma grande (e estranha) dificuldade em passá-las para palavras até me assusta. Trata-se de uma grande amiga com inúmeras qualidades a quem eu admiro muito e tenho um grande carinho. Começo a pensar em algumas experiências em comum, e, até pela proximidade, me é mais fácil visualizar estes últimos dias, em que estamos tendo um contato maior do que o habitual. Penso que agora estou começando a conhecer o seu caos; que para falar a verdade é bem parecido com o meu. Já nos conhecemos há cerca de quatro anos, mas somente agora estou podendo ver quem ela realmente é. Chega a ser engraçado ver alguém com um caos tão parecido com o meu próprio caos. (Quando falo “caos” refiro-me aqui às intempéries de ordem emocional originadas pelas mais diversas razões). Apesar de sermos amigos há um bom tempo, como todos os amigos, temos momentos de uma maior aproximação ou de um afastamento; não por nossa vontade, mas porque a vida nos obriga a isso. Essa maior aproximação nestes últimos dias me fez perceber o quanto somos parecidos, os nossos caos têm origens semelhantes, apesar de estarem baseados em experiências distintas. Temos características muito parecidas, apesar de, a primeira vista, sermos diferentes. A confiança e a presunção de boa-fé que depositamos (esperamos) de terceiros está cada vez mais escassa na sociedade, mas não
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Feelings n' Theories From Outside - by Grazielly AB
Fra(n)camente
Sou fra(n)ca: reconheço minha fra(*)queza.
Tenho interrogações e exclamações de toda ordem dentre de mim e, para me manter em condições socialmente aceitáveis, adotei prioridades, valores e métodos para a convivência social que acalmam o turbilhão de dúvidas, palavrões e atos inconsequentes.
Criei meu (im)próprio sistema normativo para me manter razoavelmente livre na civilização atual; normas que me são convenientes e que ditam a minha conduta, a fim de que esta possa conversar polidamente com as (in)conveniências (a)sociais.
Pareço forte, apesar de (in)delicada. Mas sou fra*ca, apesar de determinada e (ir)racional.
Não me preocupo se me agridem; não deixo de dormir se blasfemam contra mim. Mas me sinto devassa(da) quando eu tropeço no meu próprio pé, quando não enxergo a porta de vidro e esborracho meu nariz nela, quando planejo a festa e todos justificam a sua ausência.
A problemática aponta para o ato de eu me enganar. A mim mesma myself reiteradamente à minha pessoa.
Caio no chão (se ali não estiver) e choro uma agonia que surge do universo dentro do meu peito; explodo de raiva e não me enxergo mais – perco-me. Deixo-me de lado por conta da decepção que me impingi: não vi além, não esperei mais um pouco, não li nas entrelinhas, não li históricos, não procurei saber. Omiti-me da verdade e me vesti de ilusão do “pode ser dessa vez”. Não duvidei o suficiente...
Perco-me e me perco de todos. Sinto-me envergonhada pela minha fra*queza e esmorecida pela dureza do que sofro. Embora, no entanto, socialmente bem enquadrada, sou internamente uma negativa caótica quando minha harmonia perde o compasso e se transforma em uma (sin)tonia (des)afinada e (des)alinhada.
Minhas determinações permanecem, externamente, enquanto todos olham. Aqui, no entanto, volvem-se aqueles questionamentos malcriados que condicionam os atos seguintes e me levam ao outro canto da sala. E lá choro mais um pouco, descascando o ranço em minha pele, torcendo para que as cicatrizes permaneçam para que elas me ajudem a lembrar de duvidar mais um pouco. Seco as lágrimas do chão, recolho e queimo as cascas, sorrio com o calor do tremular do fogo, assopro as cinzas e derrubo as paredes do canto. O que há ali fora com esse (novo) ponto de vista?
Cansa, dói, exaure, quase extingue. Penso que, por isso, sinto-me fra*ca. Penso que, por isso, me deveria exigir menos... na proporção da minha fra*queza.
Feelings n' Theories From Outside - Intro
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Caos Psicológico
Segundo o dicionário Aurélio, caos significa “confusão geral dos elementos da matéria, antes da presumível criação do Universo”. Segundo a utilização cotidiana, caos significa apenas uma “confusão geral de elementos”, não necessariamente da matéria, mas de qualquer coisa... em suma, uma bagunça, uma desorganização. Esse caos pode ser físico ou psicológico. Atualmente o caos físico passou a ser tolerável, até aceitável, uma vez que torna-se cada vez mais difícil evitar esse caos. A rápida evolução de tecnologias e uma sobrecarga cada vez maior exigida pelo mercado de trabalho, bem como pelas convenções sociais faz com que o caos psicológico seja cada vez mais fácil de ser alcançado, e cada vez mais difícil de ser deixado para trás. Muitos de nós não conseguem nem perceber que já sucumbiram às garras do Leviatã e pensam que estão apenas passando por uma fase difícil, ou por um período estressante, seja no campo profissional, amoroso, familiar. Mas, ao contrário disso, escapar do Leviatã não é tão fácil quanto parece, e nem sempre é possível que fujamos dele por nossas próprias pernas. O primeiro passo é assumir que fomos capturados pelo Leviatã, para então, sabedores da prisão, procurar uma fenda nas paredes para escapar. Mas isso não basta, é necessário saber que, aqui fora, longe das garras do Leviatã, sempre existem aqueles agentes duplos. São pessoas que dizem querer ajudar, mas na verdade ajudam-nos a tropeçar e sucumbir ao Leviatã. Alguns desses, inclusive, fazem questão de nos entregar pessoalmente ao todo poderoso guardião do caos. O importante a fazer aqui fora (da prisão) é ter a habilidade para identificar esses agentes do Caos e, não livrarmo-nos deles, mas conseguir identificar suas intenções e levantar a guarda para quando o Leviatã tentar se manifestar através deles. Mas, o mais legal de enfrentar o Leviatã, é conseguir se livrar dele, mesmo que seja aos poucos, porque essa batalha é sempre demorada e encontrar o reforço em quem realmente se importa com você e ter a certeza de que algumas pessoas não são os agentes duplos. Isso porque, por mais que seja errado isso, descobrir um agente duplo dói mais do que a nossa própria captura pelo Leviatã. Porém, é sempre muito gratificante ter a certeza de que uma pessoa especial também declara guerra ao nosso Leviatã!!
Inferno astral, relatividade e caos...
Apesar de muita gente acreditar que a expressão “inferno astral” refere-se à astrologia, especificamente quando indica aquele período de aproximadamente um mês antes do nosso aniversário, penso, na verdade, que o inferno astral de cada um é relativo... Não existe uma data específica para ele começar e terminar, e não há um período predeterminado. Fico pensando como é possível ir do paraíso ao inferno em tão pouco tempo... dependendo de cada caso, isso é possível em segundos, minutos; em situações de grande monta e complexidade apenas algumas horas são suficientes para uma mudança drástica de direção fazendo com que se caia do céu de cara no chão, e depois quando se acha que não há mais para onde cair, o buraco se abre para que se possa ao inferno (ou fundo do poço, se quiser chamar assim)... Isto porque se chegamos a esse ponto, as informações e impressões que nos eram passadas pelo ambiente e por quem estava a nossa volta já estavam nos confundindo há algum tempo (lembrando que esse algum tempo é sempre relativo). Mas o pior golpe é aquele que vem quando menos se espera... As informações distorcidas que começam a aparecer para nós no céu juntam-se a uma pedra no meio do caminho em que tropeçamos e começa a queda. Enfim, quando se chega a esse inferno é que o caos tenta se instalar. Obviamente porque é a melhor oportunidade para que o Leviatã (guardião do caos, segundo a mitologia) passe a dominar. É que quando se está nessa situação todos os nossos sentidos parecem nos confundir, uma vez que passam a obter informações distorcidas do ambiente em que estamos, levando a um negativismo impressionante. Nesse momento, é preciso uma força hercúlea para conseguir parar e raciocinar sem ouvir o que o Leviatã fica sussurrando em nossos ouvidos. Muitas vezes, mesmo quando já se está no inferno, acreditamos que as coisas podem ficar ainda pior, para só então pedir uma corda para escalar o poço até chegarmos a terra... Apesar de que o buraco nunca é tão fundo que não haja uma corda longa o suficiente para nos ajudar a subir, de fato, quanto mais fundo o poço em que estamos, mais difícil é a subida. É preciso nos livrarmos das garras do Leviatã e começar a escalar o fundo do poço. Temos que acreditar que não é somente uma corda forte que pode nos ajudar na escalada, mas que cordas aparentemente frágeis, em conjunto, fazem uma corda forte, através da qual podemos chegar de volta à terra firme, onde não exista uma areia movediça nos puxando para baixo... É preciso, antes de mais nada, manter a cabeça no lugar e os olhos bem abertos para que possamos enxergar essas frágeis cordas, juntá-las, escalar e escapar das garras do caos...
(postado em http://genealogiadocaos.blogspot.com em 17/02/2010)