terça-feira, 28 de setembro de 2010

Idade nova, ideias novas

Nunca gostei de fazer aniversário, pelo contrário meu lado antissocial se demonstra ao máximo justamente neste dia. Quando me cantam parabéns tenho vontade de cavar um buraco para me esconder. Não fico chateado com ninguém que esquece desta data. E não fico espalhando aos quatro ventos.
Este ano, mais do que nunca, esta data me foi deprimente. Sempre fico meio desanimado no aniversário, mas desta vez foi muito mais do que o normal. Comecei a pensar em várias coisas que poderiam já ter se resolvido, mas que por algumas "más" escolhas feitas por mim, ainda não se resolveram. Algumas delas estão se resolvendo. Foi preciso eu perder algo muito valioso para que eu percebesse o tamanho da minha teimosia e tentasse mudar. Reconheço que as mudanças não são fáceis. Mas o meu desejo de aniversário foi para que Deus me desse forças para que eu consiga fazer as mudanças que me são necessárias.
Não é uma coisa que vou tentar. Estou decidido que vou conseguir fazer essas mudanças. E então, várias coisas vão se resolver...
E chega de fazer aniversário... este ano foi o último...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ed Ero Contentissimo

Música maravilhosa do Tiziano Ferro...
Vale a pena ouvir...

Ora che sarai un po´ sola
Tra il lavoro e le lenzuola
Presto dimmi tu come farai ?
Ora che tutto va a caso
Ora non sono più un peso
Dimmi quali scuse inventerai ?

Inventerai che non hai tempo
Inventerai che tutto è spento
Inventerai che ora ti ami un po´ di più
Inventerai che ora sei forte
E chiuderai tutte le porte
Ridendo troverai una scusa
Una in più..

Ed ero contentissimo in ritardo sotto casa ed io che ti aspettavo
Stringimi la mano e poi partiamo…
In fondo eri contentissima quando guardando Amsterdam non ti importava
della pioggia che cadeva…
solo una candela era bellissima
e il ricordo del ricordo che ci suggeriva
che comunque tardi o prima ti dirò
che ero contentissimo
ma non te l´ho mai detto che chiedevo
Dio ancora
Ancora
Ancora

Qualche cosa ti consola
Con gli amici il tempo vola
Ma qualcosa che non torna c´ è
C´ è che ho freddo e non mi copro
C´ è che tanto prima o dopo
Convincendoti ci crederai

Ci crederai che fa più caldo
Da quando non mi hai ormai più accanto
E forse è meglio
perché sorridi un po´ di po´ di più
un po´ di più…

Ed ero contentissimo in ritardo sotto casa ed io che ti aspettavo
Stringimi la mano e poi partiamo…
In fondo eri contentissima quando guardando Amsterdam non ti importava
della pioggia che cadeva…
solo una candela era bellissima
e il ricordo del ricordo che ci suggeriva
che comunque tardi o prima ti dirò
che ero contentissimo
ma non te l´ho mai detto che chiedevo
Dio ancora
Ancora
Ancora
Ancora

E il mio ricordo ti verrà a trovare quando starai troppo male
Quando invece starai bene resterò a guardare
Perché ciò che ho sempre chiesto al cielo
È che questa vita ti donasse gioia e amore vero
E in fondo

Ed ero contentissimo in ritardo sotto casa ed io che ti aspettavo
Stringimi la mano e poi partiamo…
In fondo eri contentissima quando guardando Amsterdam non ti importava
della pioggia che cadeva…
solo una candela era bellissima
e il ricordo del ricordo che ci suggeriva
che comunque tardi o prima ti dirò
che ero contentissimo
ma non te l´ho mai detto che chiedevo
Dio ancora
Ancora
Ancora

Ed ero contentissimo ma non te l´ ho mai detto
E dentro urlavo
Dio ancora
Ancora
Ancora

domingo, 29 de agosto de 2010

Confusão

Tentando voltar a escrever, depois de longo tempo...
Apesar de algumas áreas da minha vida estarem - digamos assim - resolvidas, ou pelo menos encaminhadas, uma em particular insiste em não se resolver.
A área que se refere ao coração, ou que é controlada por ele, teima em tomar decisões precipitadas, e algumas vezes erradas.
Não posso me eximir da culpa, porque apesar das decisões que tomo nesse campo serem influenciadas pelos acontecimentos que me cercam, ainda assim são decisões minhas; logo, mea culpa.
O problema é que acabo entrando em situações das quais não sei sair. E o pior, isso acaba afetando outras pessoas também, e, às vezes, acabo perdendo oportunidades que poderiam ter resultado situações muito boas.
Talvez dar "férias" para o coração fosse a saída mais correta, para que ele pudesse se organizar e assimilar tudo o que aconteceu num passado recente.
Mas, esse idiota (o coração) não quer férias. Continua querendo bater, apesar de ultimamente só apanhar.
Sei que para decisões nesse campo é necessário um consenso entre os envolvidos... talvez eu tenha que deixar de ser tão teimoso (como me disseram esses dias que sou) e ceder um pouco em algumas coisas.
Mas, para se chegar a um consenso, é preciso que todos os envolvidos cedam um pouco para que resulte num termo razoável e que satisfaça ambos.
Já me perdi quanto ao tema que queria expor... Vou deixar as coisas acontecerem por si, para ver o que vai dar (pelo menos até o coração se organizar um pouco).

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sempre atual...

Versos Íntimos (Augusto dos Anjos)

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

domingo, 1 de agosto de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Feriado, chuva e pizza


Lá se foi mais um dia... feriado, dia de não fazer nada... ainda mais com essa chuvinha que tornava propícia uma soneca embaixo das cobertas... E foi essa a programação do dia... A noite, para não ficar somente entocado em casa, uma pizza com uma grande amiga para colocar papos sobre os mais variados assuntos em dia. Durante os dias de trabalho normal há tempo para sentar e conversar sobre assuntos diversos... Mas hoje a pizzaria foi palco de uma discussão que foi desde sentimentos até filosofia, passando por diversos ramos do direito e da história. Desse bom papo, surgiram boas ideias e o amadurecimento de pensamentos que já vinham crescendo na mente. É fantástico poder conversar com uma pessoa super inteligente, que consegue discutir os mais variados tipos de assunto, sendo que em qualquer tema a conversa me possibilita um crescimento. Assim como eu, essa amiga também é chamada, às vezes, de "chata", "nada a ver" pelos outros, aqueles que não pensam, não criticam, apenas sobrevivem... Mas para nós, sabemos que ser considerado "nada a ver" por aqueles que não nos entendem é plenamente compreensível, uma vez que todos tendem a criticar o que não entendem, ou não concordam. Mas, como sempre, o importante é respeitar as diferenças. Um abraço para todos os "nada a ver", que não somos nós...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sobre o amor...

Escrevendo agora atendendo a pedidos de alguns que parecem ansiosos para ler o próximo post... Não esperava por isso...

Há algum tempo escrevi, ou melhor, transcrevi um trecho do livro "Fragmentos de um discurso amoroso" do Roland Barthes, e pensando um pouco nestes últimos dias, vou tentar fazer uma breve análise daquele fragmento postado.
Barthes diz que uma vez proferida a declaração "Eu-te-amo" ela perde o sentido, não quer dizer mais nada. Da mesma forma que não existe uma resposta ideal para o "Eu-te-amo". Isto porque, o "eu também" apresenta uma carência na forma o que seria uma declaração incompleta. Logo, para haver uma reciprocidade equitativa, digamos assim, seria necessário que o "Eu-te-amo" fosse proferido ao mesmo tempo pelos enamorados; fato este praticamente impossível.
Essa possibilidade, remota, exigiria uma afinidade muito intensa, que só é possível após muito tempo de convivência, após muitos "eu-te-amo"s, quando tal declaração já perdeu o sentido. O "eu-te-amo" proferido simultaneamente seria a confirmação de um amor existente em igual intensidade pelos enamorados, o que seria, praticamente, impossível.
Na teoria, seria o amor perfeito, mas na prática, por óbvio, a perfeição não existe. Assim, num relacionamento amoroso, sempre um dos enamorados vai amar mais do que ser amado. E isso não há como evitar, até porque cada um tem a sua maneira de expressar seus sentimentos, e de controlá-los. Logo o que parece, pode não ser a realidade. O amor que realmente é sentido por uma pessoa pode não ser nunca devidamente expressado.
Creio que a intensidade do amor está intimamente ligada com outros conceitos que os enamorados têm um do outro. Se, há muito, já existe uma amizade, com uma grande admiração de um pelo outro, esse sentimento, caso se torne amor, irá resultar em uma sensação muito intensa.
Logo, o amor perfeito seria aquele em que os enamorados tivessem a mesma intensidade de sentimento, o que é absolutamente impossível no plano da realidade.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ainda sobre amizades

Continuando o tema de ontem, porque o ponto final nunca é final... depois dele se colocam mais dois e o assunto nunca acaba.
Ainda no que se refere a bons amigos, penso que cada um de nós estabelece os pré-requisitos que seus amigos devem ter. Estes são sempre parecidos: afinidade, confiança, sinceridade, dentre outros muitos. Mas, penso que um desses, que está ligado aos outros, é essencial: a sinceridade. É impossível existir uma amizade verdadeira sem que exista essa sinceridade. E tal característica tem que ser absoluta. Não se pode pensar, em relação a um amigo: "não vou lhe falar tal coisa, porque ele ficará bravo comigo". Se for um amigo de verdade, não vai ficar bravo; vai entender a crítica, assimilá-la e lhe agradecer. Penso que quando somos amigos de alguém, a sinceridade não pode faltar nunca. Sei que tenho um conceito meio radical, com pré-requisitos rígidos no que tange a amizade, e algumas pessoas já tentaram flexibilizar este conceito. E isso veio com a mentira. A mentira de que estão sendo sinceros, quando sabemos que não o estão. Lógico que, se a pessoa tem a afinidade necessária para ser amigo, conseguimos perceber se lhe falta a sinceridade... Logo, não existe amizade, mas começa um jogo, uma brincadeira de faz-de-conta. Por óbvio que é um jogo que deve ser jogado com muito cuidado, uma vez que não se conhece as jogadas do outro participante. O mais complicado neste jogo é quando o nosso inconsciente quer a amizade de uma pessoa que sabemos que não está sendo sincera conosco. E, nem sempre, é fácil a razão sobrepor-se a emoção para tomar a distância necessária para que este "amigo" seja apenas mais um conhecido, e não mais um amigo. Porque amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves e dentro do coração. Penso que, por estas razões, consigo contar os meus amigos nos dedos das mãos (e ainda sobra dedo)...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Amizades

Há pouco tempo conheci a banda gaúcha chamada “Pouca Vogal” e após fazer o download de várias músicas, uma delas me chamou particularmente a atenção. Trata-se da música “Tententender”, cujo clip postei há alguns dias. Essa música me fez lembrar alguns eventos sucedidos em um passado não muito distante. Certa pessoa disse que comigo desejava uma amizade apenas. Concordei, porque, afinal, sempre é bom ter um amigo. Mas, devido a um conceito complexo de amizade que possuo há muito, tenho poucos e raros amigos. Amigos de verdade são aqueles que ouvem sobre qualquer coisa, à qualquer hora. São aqueles que dizem “estou aqui” quando você precisa de um ombro para chorar, desabafar ou simplesmente para conversar e “trocar uma ideia”. Amigo de verdade não diz “somos amigos, mas eu aqui e você aí”. Seremos amigos tão somente através da internet e do telefone? Isso não é amizade. Jamais será. Tenho conhecidos com quem falo apenas pela internet. Com os meus amigos de verdade eu falo pessoalmente, os encontro com certa freqüência e sei que a qualquer hora que eu precisar, qualquer um deles está a um telefonema de distância. Se uma pessoa que se diz amiga não quer ver tal pessoa, existem duas opções: ou não é amiga, ou tem um sentimento mal resolvido e, sabe-se lá porque tem medo de enfrentar a necessidade de tomar a decisão; ou, pior ainda, quer ter tudo, o que, por óbvio, é impossível. Essa confusão me causa uma certa revolta ou indignação, por assim dizer, que geralmente me faria querer me afastar de uma “amiga” assim. Mas, ao contrário, penso que essa pessoa precisa de ajuda para resolver seus sentimentos. Na verdade, não sei que tipo de ajuda, não sei como ajudar, mas sinto que preciso. Talvez enquanto não souber seja melhor ficar afastado. De qualquer forma, ela sabe onde encontrar um amigo. Ou, pelo menos, espero que saiba.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

De repente

Necessidade súbita de conversar... de sair... de fazer algo diferente...

Please come back tomorrow...

Ao escrever o post de hoje fui acometido de um ataque de supersinceridade, o que tornou o post impublicável...

sábado, 24 de abril de 2010

Tentando escrever, mesmo sem muita inspiração

Sem assunto ultimamente... Talvez porque tenha resolvido parar de tentar forçar algo que não era o momento para acontecer. Como já tinha falado antes, talvez agora seja um momento para ficar sozinho, para me dedicar a faculdade e ao trabalho, mas mesmo assim, eu estava insistindo em algo mais no lado pessoal. Algo que não era a hora para acontecer. Penso que agora consegui perceber isso de vez; embora, talvez, o coração ainda vá insistir um pouco nesse assunto. Acho que desde que decidi não mais incomodar alguns amigos com os mesmos problemas de sempre, apesar de não estar conversando com ninguém sobre determinados assuntos, isso tem me feito bem, ao contrário do que eu imaginava. Mas também, não adiantava eu me sentir bem, e deixar algumas pessoas "de saco cheio" de ouvir os mesmos problemas de sempre, as mesmas lamentações de sempre. Algumas vezes insisto num determinado assunto porque acho que é o que devo fazer, embora muitos - para não dizer todos - me digam que não adianta mais, que é melhor esquecer e seguir em frente. Mas, mesmo assim, insistir no mesmo assunto já não dá mais... Por outro lado, ainda não dá para seguir em frente. Então, acho que, quanto a esse problema em particular que me incomoda há algum tempo já, o negócio é ficar parado. Não voltar a atrás e nem tentar seguir em frente; pelo menos por enquanto. Um dia vai chegar a hora de seguir em frente. Espero que logo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Procuro um amor

música perfeita para o momento atual

quarta-feira, 21 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Porque eu sei que é amor!!


Porque eu sei que é amor
Eu não peço nada em troca
Porque eu sei que é amor
Eu não peço nenhuma prova
Mesmo que você não esteja aqui
O amor está aqui, agora
Mesmo que você tenha que partir
O amor não há de ir embora
Eu sei que é pra sempre enquanto durar
Eu peço somente o que eu puder dar
Eu sei que é pra sempre enquanto durar
Eu peço somente o que eu puder dar
Porque eu sei que é amor
Sei que cada palavra importa
Porque eu sei que é amor
Sei que só há uma resposta
Mesmo sem porque, eu te trago aqui
O amor está aqui, comigo
Mesmo sem porque, eu te levo assim
O amor está em mim, mais vivo
Eu sei que é pra sempre enquanto durar
Eu peço somente o que eu puder dar
Eu sei que é pra sempre enquanto durar
Eu peço somente o que eu puder dar
Eu sei que é pra sempre enquanto durar
Eu peço somente o que eu puder dar
Eu sei que é pra semper enquanto durar
Eu peço somente o que eu puder dar
Porque eu sei que é amor
Porque eu sei que é amor
Porque eu sei que é amor

domingo, 18 de abril de 2010

sábado, 17 de abril de 2010

You Make Me Feel Brand New

O Teu Amor é uma Mentira

O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver

Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba, a gente pensa
Que ele nunca existiu

O nosso amor a gente inventa, inventa
O nosso amor a gente inventa, inventa

Te ver não é mais tão bacana
Quanto a semana passada
Você nem arrumou a cama
Parece que fugiu de casa

Mas ficou tudo fora do lugar
Café sem açucar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma estória romântica

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba, a gente pensa
Que ele nunca existiu

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Iniciando uma folga aos ouvidos alheios



A vida cotidiana nesse período em que vivemos tem se tornado cada vez mais stressante e cansativa... Penso que isso é com todos... Comigo não está sendo diferente. O meu ano já começou mais atribulado do que eu esperava... Algumas coisas já se resolveram (não exatamente como eu queria) Outras só vão se resolver com o tempo. Essas pedras no meio do caminho tem me prejudicado mais do que o habitual ultimamente. Talvez porque a tendência é que as coisas sempre piorem... Mas apesar dessa correria toda, gosto do que faço, do meu trabalho, do que estudo (gostar da faculdade já é outra história). Como sempre, mas nessas horas de stress, mais do que o normal, é sempre bom poder conversar com alguns bons amigos, trocar ideias. Mas, ultimamente, tenho tido uma leve impressão de que estou fazendo isso demais... Talvez por uma necessidade acima do meu normal de interagir com terceiros. De qualquer forma, mesmo que isto esteja me fazendo bem, acho que não tenho o direito de ficar chateando os outros com os meus problemas. Possivelmente, eu já devia ter percebido isto há algum tempo... mas nunca é tarde demais (eu acho...) Então, aqueles amigos que sempre me ouvem terão uma folga das minhas reclamações... Pelo menos por um tempo... Não dá pra guardar os problemas para sempre... As vezes temos que compartilhar e trocar ideias, mas agora não é o momento disto.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Revoltado demais para escrever hoje!!!

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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Modo "Foda-se" Ligado

O que era amor tá virando raiva...

Crying

domingo, 11 de abril de 2010

Eu-te-amo

Eu-te-amo: A figura não se refere à declaração de amor, à confissão, mas ao repetido proferimento do grito de amor.


A palavra (a palavra-frase) só tem sentido no momento em que eu a pronuncio: não há nela outra informação a não ser seu dizer imediato: nenhuma reserva, nenhum depósito do sentido. Tudo está no lançamento: é uma "fórmula", mas essa fórmula não corresponde a nenhum ritual; as situações em que eu digo eu-te-amo não podem ser classificadas: eu-te-amo é irreprimível e imprevisível. A que ordem linguística pertence então esse ser estranho, essa fenda de linguagem, muito fraseada para ser da ordem da pulsão, muito gritada para ser da ordem da frase? Não é nem exatamente um enunciado (não há nela nenhuma mensagem congelada, conservada, mumificada, pronta para a dissecação) nem exatamente enunciação (o sujeito não se deixa intimidar pelo jogo dos lugares interlocutórios). Poderia ser chamado de proferimento. O proferimento não tem lugar científico: eu-te-amo não é da ordem nem da linguística nem da semiologia. Sua instância (aquilo a partir de que o podemos falar) seria mais exatamente a Música. A exemplo do que acontece com o canto, no proferimento do eu-te-amo o desejo não é nem reprimido (como no enunciado) nem reconhecido (lá onde não era esperado: como na enunciação), mas simplesmente gozado. O gozo não se diz; mas ele fala e diz: eu-te-amo.

Diferentes respostas mundanas para o eu-te-amo: "eu não", "não acredito", "por que dizer isso?", etc. Mas a verdadeira rejeição é "não tem resposta": fico certamente mais anulado se sou rejeitado não apenas como pedinte, mas também como sujeito falante (como tal tenho pelo menos o domínio das fórmulas); é minha linguagem, último reduto da minha existência, que é negado, e não meu pedido; quanto ao pedido, posso esperar, reconduzi-lo, representá-lo outra vez; mas cassado meu poder de questionar, fico como morto, para sempre.

(BARTHES, Roland. Fragmentos de um Discurso Amoroso.)

Under The Bridge

Confusões virtuais

A internet nos possibilita uma eliminação de distância para que tenhamos contato com pessoas que estão muito longe de nós. E, da mesma forma, facilita o contato até mesmo com aqueles que nem estão muito longe. Mas essa forma de comunicação tem um grande problema, que pode gerar alguns conflitos. Por tratar-se de uma forma de comunicação escrita, não é possível dar a entonação às frases, nem demonstrar de forma clara se estamos fazendo uma brincadeira, ou coisa parecida. Isso gera mal entendidos... Já tenho conhecimento disto há um certo tempo, por experiência próprio, uma vez que já passei por situações de não me fazer entender quando conversava pelo MSN. Então, sempre tento ser o mais claro possível e escrever sem margem à duplas interpretações. Ocorre que, apesar de estar muito claro para mim e não existir dúvidas quanto ao significado do que falo, o receptor pode entender de forma diversa... ou mesmo que a uma pergunta siga uma risada, o interlocutor pode levar a sério o que seria uma brincadeira e a confusão está formada. Às vezes tenho vontade de parar de usar esse meio de comunicação, justamente para evitar problemas desta ordem.

Música para uma pessoa que já foi muito especial para mim

Mesmo postado há quase dois meses, continua valendo...



Tudo é relativo (?)

Todos sempre dizem que tudo é relativo. Mas inclusive essa afirmação é relativa, logo, nem tudo é relativo. Fico tentando imaginar como algumas coisas podem ser relativas para uns e não para outros. Existem alguns fatos que simplesmente são ou não são absolutos. E, se um fato é absoluto, e não relativo, torna-se necessário assumir todas as consequências disso. Essas consequências as vezes assustam a muitos, fazendo com que desistam do que tinham em mente por ter medo, às vezes, das consequências dessas decisões. Em algumas ocasiões são consequências boas, mas que trarão uma mudança de perspectiva que chega a assustar. E, no final, volta-se atrás para não arriscar por receio do que essas decisões podem trazer ao cotidiano dos envolvidos. É óbvio que ninguém gosta de mudanças. Isso é natural do ser humano. Mas, mesmo mudanças que a primeira vista parecem incomodar, só porque alteraram o status quo, essas mudanças, muitas vezes, podem levar a uma alteração de perspectiva sobre muitas coisas, e, quem sabe, trazer a felicidade que todos procuram. Apesar de haver vários significados para todas as palavras da nossa língua, as palavras são utilizadas sempre dentro de um contexto, em que, algumas vezes, não é permitida uma relatividade. Ou é, ou não é. E, uma vez que se toma uma decisão, penso que não é tão simples mudar. Embora, para alguns seja. Talvez porque não estivessem dentro do mesmo contexto em que a relatividade das palavras não existisse. E esse feeling de observar o contexto em que se está é que é difícil de ser conquistado. Muitas vezes pensamos que estamos em uma situação, quando nos é mostrado que a coisa não era bem assim, e o que era (é) absoluto para nós, era (é) relativo – e muito – para outros.


sábado, 10 de abril de 2010

Na verdade nada esconde essa minha timidez!!


Penso que todos nós, em algum momento da vida já tivemos que escrever sobre nós mesmos... Eu nunca fui muito fã disso, e nem sei de onde surgiu essa vontade de escrever sobre isso, mas vou tentar...

Alguns dias atrás, postei a letra de uma música do Biquíni Cavadão chamada Timidez. Esta música reflete exatamente a minha personalidade nas minhas relações interpessoais. Isto porque, desde tenra idade, não sei por qual motivo, sempre fui muito introvertido e tímido. Durante o ensino fundamental, ao invés dos meus pais serem chamados no colégio porque eu “aprontava”, eles eram chamados porque eu era quieto demais, não me enturmava. Àquela época, isso não me parecia um problema. Eu tinha alguns, poucos, amigos; e isso me era suficiente. Não fazia questão de ser a pessoa mais popular do colégio... pelo contrário, ficava feliz por passar despercebido. Ainda hoje sou assim. Conto nos dedos das mãos quem são os meus verdadeiros amigos. E nesse ponto não faço muita questão de mudar. Sou feliz assim; até porque confio plenamente nesses amigos. Mas essa introspecção vinda desde a infância me trouxe algumas consequências na vida adulta. Pelo fato de ser extremamente tímido e introvertido tenho extrema dificuldade em começar uma conversa com uma pessoa desconhecida, o que resulta nos poucos amigos. Se começar uma amizade já me é complicado, quem dirá começar um approach com “segundas intenções”. Só de pensar nisso já começo a passar mal. Relembrar a última vez que fiz isso me gera uma dor de estômago e uma sudorese impressionante. E, realmente não sei o porquê disso. Não consigo, ainda, achar a causa para essa reação. Mas, além desses sintomas que me acometem quando da “abordagem” inicial, surge um completo vácuo em minha mente. E isso é que é o pior de tudo, porque com a falta de ideias, não surge a conversa; e consequentemente, sem a conversa, não surge nada a mais. Isso resulta na solidão que me acompanha há tanto tempo, com alguns raros intervalos. Chega a ser impressionante, porque, além do branco na mente, surgem as dúvidas, do tipo: “será que falo sobre isso?” “será que falo sobre aquilo?” e acabo não falando sobre nada com medo de começar um tema que não agrade, ou algo do gênero. Dessa forma, logo após o “Oi. Tudo bem contigo? Como vai a vida?”, o papo termina. Com o passar do tempo, como ainda não consegui resolver esse problema, comecei a evitá-lo. Desse modo, o pânico que me aflige no encontro, já se antecipa para o convite, o que faz com que este seja extremamente pensado, calculado e, quase todas as vezes, seja arquivado sem o conhecimento de qualquer outra pessoa.

Wicked Game

...

Sempre dizem que sentimentos a gente não escolhe, eles simplesmente acontecem. De fato, a gente não escolhe o que vai sentir por uma pessoa, mas é possível, com um certo esforço, deixar que esse sentimento cresça ou, se nos for conveniente, impedir isso. Na maioria das vezes não nos preocupamos com isso e deixamos as coisas acontecer naturalmente. Mas depois de um tempo, e já com uma certa experiência, aprendemos que é melhor reprimir alguns sentimentos assim que eles surgem a fim de evitar danos maiores. Mesmo sendo sentimentos que poderiam ter um reflexo positivo em nossas vidas, as experiências anteriores já nos ensinaram que tanto quanto um reflexo positivo, o contrário também pode ocorrer. E é buscando evitar isso que, às vezes, reprimimos alguns sentimentos iniciais. Nunca será possível descobrir o que teria acontecido, mas, mesmo assim, nos é mais seguro que nada aconteça, para que possamos manter o status quo e, assim, ter o controle da situação. É claro que isso não pode ocorrer sempre, porque, se o fizéssemos, estaríamos fadados a uma vida de solidão, e sem amor; o que me parece impossível de ocorrer por um período prolongado. Ficar sozinho por um tempo, para que possamos organizar as nossas ideias e desenvolver alguns projetos pessoais é sempre bom. Mas, ninguém, absolutamente ninguém, consegue viver por muito tempo sem uma pessoa especial ao seu lado, com quem haja uma relação envolvendo sentimentos. Alguém com que se possa conversar sobre qualquer assunto e com quem exista uma cumplicidade. Atualmente, acredito que é possível existir uma relação de amizade, em que exista essa cumplicidade, essa afinidade, entre duas pessoas. Penso que não é necessário que exista uma relação amorosa (no sentido estrito) para que possa existir essa afinidade. Entre dois amigos, que também podem se amar (no sentido lato), é possível que exista essa afinidade e essa cumplicidade. É isso que, aqueles que enfrentam uma dificuldade em estabelecer um relacionamento estável e duradouro devem procurar. Porque a solidão não é merecida nem a nosso pior inimigo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Fragmentos do "Fragmentos de um discurso amoroso" de Roland Barthes


ANGÚSTIA - O sujeito apaixonado, do sabor de uma ou outra contingência, se deixa levar pelo medo de um perigo, de uma mágoa, de um abandono, de uma reviravolta - sentimento que ele exprime sob o nome de ANGÚSTIA.

O psicótico vive sob o temor do aniquilamento (do qual as diversas psicoses seriam apenas defesas). Mas "o temor clínico do aniquilamento que já foi experimentado (primitive agony) [...] e há momentos em que um paciente precisa que lhe digam que o aniquilamento cujo temor mina sua vida já ocorreu". O mesmo, parece, se passa com a angústia do amor: ela é o temor de um luto que já ocorreu, desde a origem do amor, desde o momento em que fiquei encantado. Seria preciso que alguém pudesse me dizer: "Não fique mais angustiado, você já o(a) perdeu".


DECLARAÇÃO - Propensão do sujeito apaixonado a alimentar o ser amado, fartamente, com contida emoção, do seu amor, dele, de si, deles: a declaração não diz respeito à confissão do amor, mas à forma, infinitamente comentada da relação amorosa.

A linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse palavras ao invés de dedos, ou dedos na ponta das palavras. Minha linguagem treme de desejo. A emoção de um duplo contacto: de um lado, toda uma atividade do discurso vem, discretamente, indiretamente, colocar em evidência um significado único que é "eu te desejo", e liberá-lo, alimentá-lo, ramificá-lo, fazê-lo explodir (a linguagem goza de se tocar a si mesma); por outro lado, envolvo o outro nas minhas palavras, eu o acaricio, o roço, prolongo esse roçar, me esforço em fazer durar o comentário ao qual submeto a relação.

(Falar amorosamente é gastar interminavelmente, sem crise; é praticar uma relação sem orgasmo. Existe talvez uma forma literária desse coïtus reservatus: é o marivaudage.)

A pulsão do comentário se desloca, toma o caminho das substituições. De início é para o outro que eu discorro sobre a relação; mas pode ser também diante do confidente: de você passo a ele. E depois, de ele passo a nós; elaboro um discurso abstrato sobre o amor, uma filosofia da coisa, que seria apenas, um suma, um blá-blá-blá generalizado. Refazendo a partir daí o caminho inverso, poder-se-ia dizer que todo dito que tem por objeto o amor (seja o que for que se queira destacar) comporta fatalmente uma alocução secreta (me dirijo a alguém, que vocês não sabem, mas que está lá na extremidade das minhas máximas). No Banquete, essa alocução talvez exista: seria Ágaton que Alcibíades interpelaria e desejaria sob a escuta de um analista, Sócrates. (A atopia do amor, aquilo que o faz propriamente escapar a todas as dissertações, seria que, em última instância, não é possível falar dele a não ser segundo uma estrita determinação alocutória; seja ele filosófico, gnômico, lírico ou romanesco, há sempre no discurso sobre o amor uma pessoa a quem se dirige, mesmo que essa pessoa tivesse passado ao estado de fantasma ou de criatura a vir. Ninguém tem vontade de falar de amor, se não for para alguém.)


ENCONTRO - A figura se refere ao tempo feliz que se seguiu imediatamente ao primeiro rapto, antes que nascessem as dificuldades do relacionamento amoroso.

Se bem que o discurso amoroso seja apenas uma poeria de figuras que se agitam segundo uma ordem imprevisível como uma mosca voando num quarto, posso atribuir ao amor, pelo menos retrospectivamente, imaginariamente, um movimento organizado: é por essa fantasia histórica que às vezes faço do amor uma aventura. O trajeto amoroso parece então seguir três etapas (ou três atos): a primeira é instantânea, a captura (sou raptado por uma imagem); em seguida vem uma série de encontros (encontros pessoais, telefonemas, cartas, pequenas viagens), no decorrer dos quais "exploro", extasiado, a perfeição do ser amado, ou melhor, a adequação inesperada de um objeto ao meu desejo: é a doçura do começo, o tempo do idílio. Esse tempo feliz adquire sua identidade (sua limitação) pelo fato de se opor (pelo menos na lembrança) à "continuação"; e "a continuação" é o longo desfile de sofrimentos, mágoas, angústias, aflições, ressentimentos, desesperos, embaraços e armadilhas dos quais me torno presa, vivendo então sem trégua sob a ameaça de uma decadência que atingiria ao mesmo tempo o outro, eu mesmo e o encontro prodigioso que no começo nos descobriu um ao outro.

Há enamorados que não se suicidam: é possível que eu saia desse "túnel" que se segue ao encontro amoroso: revejo a luz do dia, seja conseguindo dar ao amor infeliz uma saída dialética (conservando o amor, mas me livrando da hipnose), seja abandonando esse amor, e retomando o caminho, procurando reiterar, com outros, o encontro do qual guardo o deslumbramento: porque ele é da ordem do "primeiro prazer" e não sossego enquanto ele não volta: afirmo a afirmação, recomeço, sem repetir. (O encontro irradia; mais tarde, o sujeito fará dos três momentos do trajeto amoroso um só momento; ele falará do "deslumbrante túnel do amor".


LOUCO - O sujeito apaixonado é atravessado pela ideia de que ele está ou está ficando louco.

Estou louco de amor, não estou louco de poder dizê-lo, eu desdobro minha imagem: sou demente aos meus próprios olhos (conheço meu delírio), perdi simplesmente a razão aos olhos dos outros, a quem conto comportadamente minha loucura: consciente dessa loucura, discurso sobre ela.

Achamos que todo enamorado é louco. Mas podemos imaginar um louco enamorado? De modo algum. Eu só tenho direito a uma loucura pobre, incompleta, metafórica; o amor me deixa como louco, mas não comunico com a sobrenatureza, não há em mim nada sagrado: minha loucura, simples perda da razão, é insignificante e até invisível; de resto totalmente recuperada pela cultura: ela não mete medo. (É entretanto no estado amoroso que certos sujeitos razoáveis adivinham de repente que a loucura existe, é possível, está bem próxima: uma loucura na qual o próprio amor naufragaria.)



Lies

terça-feira, 6 de abril de 2010

Poemas

Dois poemas que refletem sentimentos atuais... não é necessário entender, apenas sentir!!


Presença (Mário Quintana)


É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te!


Ternura (Vinícius de Moraes)

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.

Say It To Me Now

domingo, 4 de abril de 2010

Coração burro!!!

Fiquei feliz hoje por saber que tem mais gente que acompanha esse espaço. Algumas pessoas que eu não imaginava que se interessariam por o que escrevo aqui disseram que me lêem com frequência e que compartilham algumas ideias. É sinal de que estou alcançando o objetivo a que me propus quando comecei a escrever aqui.

Eu tinha prometido a mim mesmo que não voltaria a este assunto, mas às vezes não consigo evitar. Alguns bons amigos já me aconselharam a virar a página e esquecer isto, mas para mim não parece tão simples. Na verdade, estou conseguindo fazer o que me sugeriram (e que eu sei que é o melhor), mas uma ideia fixa me dificulta seguir em frente, completamente. Conversando dias atrás com uma grande amiga, ela me falou, com razão, que esquecer um amor substituindo-o por outro não dá certo e somente traz consequências negativas. Sei que ela tem razão, mas quando percebi, eu estava fazendo isso. Inconscientemente, o ser humano tende a evitar a solidão, e com isso, busca um envolvimento emocional. Mas, penso que agora é o momento de lutar contra os instintos e pensar no eu (ou tentar pelo menos). Apesar de não estar mais procurando ninguém, o pensamento não para quando se trata deste assunto, o que gera uma certa confusão interna. Aparecem pessoas fantásticas quando não é o momento; quando precisamos ficar sós. Mas, em geral, quando estamos prontos novamente, demora muito a aparecer alguém. (Quando comecei a escrever esse post, achei que tinha um objetivo a alcançar... acabaram as ideias e não cheguei a lugar nenhum... Se eu lembrar, complemento as ideias mais tarde)

sábado, 3 de abril de 2010

Timidez

Toda vez que te olho crio um romance
Te persigo, mudo todos instantes
Falo pouco pois não sou de dar indiretas
Me arrependo do que digo em frases incertas
Se eu tento ser direto, o medo me ataca
Sem poder nada fazer
Sei que tento me vencer e acabar com a mudez
Quando chegou perto tudo esqueço e não tenho vez
Me consolo foi errado o momento talvez
Mas na verdade nada esconde essa minha timidez
Eu carrego comigo a grande agonia
De pensar em você
Toda hora do dia
Eu carrego comigo a grande agonia
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Talvez escreva um poema
No qual grite o seu nome
Nem sei se vale a pena
Talvez só telefone
Eu me ensaio, mas nada sai
O seu rosto me distrai
E como um raio
Eu me encubro, eu disfarço
Eu camuflo, eu desfaço
Eu respiro bem fundo
Hoje eu digo pro mundo
Mudei rosto e imagem
Mas você me sorriu
Lá se foi minha coragem
Você me inibiu
Sei que tento me vencer e acabar com a mudez
Quando chegou perto tudo esqueço e não tenho vez
Me consolo foi errado o momento talvez
Mas na verdade nada esconde essa minha timidez
Eu carrego comigo a grande agonia
De pensar em você
Toda hora do dia
Eu carrego comigo a grande agonia
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Na verdade nada esconde essa minha timidez

segunda-feira, 29 de março de 2010

Música para uma pessoa muito especial

Consequências e Desfecho do Caos da Paixão

Continuando... A dúvida permaneceu, e nada de concreto ocorreu, além de conversas sobre temas variados. Mas o tema que eu mais queria não surgiu no meio de outras conversas e, como sempre, não tive a coragem suficiente para abordá-lo. A dúvida ficou porque ocorreram algumas atitudes contraditórias – digamos assim. Durante as várias conversas parecia que havia afinidade para algo além da amizade, mas quando chegava o momento para descobrir, sempre aparecia um empecilho que nos impedia de saber o que queríamos, ou que, pelos menos eu queria. Apesar de sempre ter o receio de saber e ficar pensando se poderia ter ocorrido algo, dessa vez fiquei sem saber, mas, realmente, queria que ela me dissesse o que sente. Até porque, algumas atitudes dela demonstravam – pelo menos a meu ver – que poderia haver algo mais. Porém, nunca conseguíamos chegar a uma situação em que isso pudesse acontecer. Mesmo com uma certa insistência que nem me é peculiar, nada ocorreu. Não sei, na verdade, porque estou incomodado por ficar sem saber se poderia ter ocorrido algo além da amizade. Eu realmente queria que fossemos além, mas agora acho que já não vale mais a pena... Valer a pena, vale... mas a decepção já existe... Não sei se por culpa dela que, de fato não queria... ou apenas estava se “fazendo de difícil”... Mas, agora, depois desses últimos ocorridos, penso que é melhor virar a página e manter apenas a amizade com ela. Já que pelo que parece, nada além disso vai ocorrer mesmo. Então, hora de seguir em frente, e esquecer, ou pelo menos tentar.

domingo, 28 de março de 2010

Tão Bem

Ela me encontrou
Eu tava por aí
Num estado emocional tão ruim
Me sentido muito mal
Perdido, sozinho
Errando de bar em bar
Procurando não achar
Ela demonstrou tanto prazer
De estar em minha companhia
Eu experimentei uma sensação
Que até então não conhecia
De se querer bem
De se querer quem se tem
E ela me faz tão bem
Ela me faz tão bem
Que também quero fazer isso por ela

segunda-feira, 22 de março de 2010

Caos da Paixão

Sempre nos dizem que quando a gente muito procura algo, não encontra; mas quando deixa de procurar, o que queremos logo aparece. Depois da enésima decepção a gente decide se fechar a um certo tipo de experiência porque a vida no ensinou (aparentemente) que sempre vai ser assim. Cedo ou tarde (mas sempre mais cedo do que a gente imaginava) vem o golpe, geralmente de onde menos se espera, e leva toda a esperança depositada; e junto com a esperança se vão os sonhos. Mas, mesmo com tantas experiências frustrantes, não desistimos. “Apesar de todo o desencanto, eu não desisto de amar” já diria Frejat. Quando a gente menos espera, e às vezes nem quer, surge uma nova inspiração para a vida. Na verdade não surge porque ela já estava na nossa cara há muito tempo e não conseguíamos ver. Não se sabe ao certo o motivo dessa “cegueira”, mas a vida ensina que tudo tem o seu momento para acontecer. Talvez seja isso. Apesar de todas as frustrações anteriores, é impossível reagir diferente quando nos damos conta desse sentimento. É difícil não agir como uma criança. Além disso, é muito bom descobrir diversas afinidades com uma pessoa. É muito gostoso poder conversar por horas sobre os temas mais variados. Nem nos damos conta do passar do tempo quando estamos envolvidos nessas conversas. Mas como sempre, o caos se instala. Isto porque como é uma pessoa que já conhecemos, já existe um vínculo de amizade que pode acabar prejudicado pela simples exposição desses sentimentos à pessoa. Na maioria das vezes não se consegue manter a amizade no mesmo nível e com as mesmas afinidades depois dessa exposição. Logo, fica sempre o receio de perder a amizade quando tentamos algo mais. Algumas vezes vale a pena o risco. Até porque é preciso uma amizade antes de avançar para o campo de sentimentos mais intensos. Penso ser um erro não passar pela fase da amizade antes de revelar a paixão ou o amor. Isto porque depois de um tempo de amizade é possível perceber as afinidades existentes e ter noção das possibilidades dessa revelação (da paixão, do amor). Esse caos instalado gera um medo muito grande, não só pela possibilidade de perder a amizade, mas também pelo receio da rejeição. Porque apesar da amizade continuar, sempre pode haver a rejeição, o que para alguns (muitos) é uma coisa difícil de lidar e superar. E, penso que, para qualquer um, a dificuldade para lidar com a rejeição é diretamente proporcional à intensidade do sentimento. Mas, apesar do risco e das possibilidades do insucesso, o melhor é mesmo saber se existe uma reciprocidade do que viver na angústia do pensamento do que poderia ter sido e não foi.

Ausência justificada

Graças ao excelente serviço prestado pela empresa de telefonia Brasil Telecom, que também atende pela alcunha de "Oi" fiquei um mês sem acesso a internet... agora, estou de volta!!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tudo é relativo (?)

Todos sempre dizem que tudo é relativo. Mas inclusive essa afirmação é relativa, logo, nem tudo é relativo. Fico tentando imaginar como algumas coisas podem ser relativas para uns e não para outros. Existem alguns fatos que simplesmente são ou não são absolutos. E, se um fato é absoluto, e não relativo, torna-se necessário assumir todas as consequências disso. Essas consequências as vezes assustam a muitos, fazendo com que desistam do que tinham em mente por ter medo, às vezes, das consequências dessas decisões. Em algumas ocasiões são consequências boas, mas que trarão uma mudança de perspectiva que chega a assustar. E, no final, volta-se atrás para não arriscar por receio do que essas decisões podem trazer ao cotidiano dos envolvidos. É óbvio que ninguém gosta de mudanças. Isso é natural do ser humano. Mas, mesmo mudanças que a primeira vista parecem incomodar, só porque alteraram o status quo, essas mudanças, muitas vezes, podem levar a uma alteração de perspectiva sobre muitas coisas, e, quem sabe, trazer a felicidade que todos procuram. Apesar de haver vários significados para todas as palavras da nossa língua, as palavras são utilizadas sempre dentro de um contexto, em que, algumas vezes, não é permitida uma relatividade. Ou é, ou não é. E, uma vez que se toma uma decisão, penso que não é tão simples mudar. Embora, para alguns seja. Talvez porque não estivessem dentro do mesmo contexto em que a relatividade das palavras não existisse. E esse feeling de observar o contexto em que se está é que é difícil de ser conquistado. Muitas vezes pensamos que estamos em uma situação, quando nos é mostrado que a coisa não era bem assim, e o que era (é) absoluto para nós, era (é) relativo – e muito – para outros.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Empty...

Sem ideia nenhuma hoje para escrever... então, segue uma boa música, que é muito melhor do que qualquer texto vindo de uma mente vazia.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Feelings and Chaos

(interseção entre os temas de dois blogs)

Quando esta ideia me surgiu na cabeça, pensei que seria fácil escrever sobre o caos de outra pessoa, justamente por conhecê-la razoavelmente bem a ponto de entender um pouco do seu caos. Não que as ideias não tenham surgido... elas, de fato, borbulham na minha mente... mas uma grande (e estranha) dificuldade em passá-las para palavras até me assusta. Trata-se de uma grande amiga com inúmeras qualidades a quem eu admiro muito e tenho um grande carinho. Começo a pensar em algumas experiências em comum, e, até pela proximidade, me é mais fácil visualizar estes últimos dias, em que estamos tendo um contato maior do que o habitual. Penso que agora estou começando a conhecer o seu caos; que para falar a verdade é bem parecido com o meu. Já nos conhecemos há cerca de quatro anos, mas somente agora estou podendo ver quem ela realmente é. Chega a ser engraçado ver alguém com um caos tão parecido com o meu próprio caos. (Quando falo “caos” refiro-me aqui às intempéries de ordem emocional originadas pelas mais diversas razões). Apesar de sermos amigos há um bom tempo, como todos os amigos, temos momentos de uma maior aproximação ou de um afastamento; não por nossa vontade, mas porque a vida nos obriga a isso. Essa maior aproximação nestes últimos dias me fez perceber o quanto somos parecidos, os nossos caos têm origens semelhantes, apesar de estarem baseados em experiências distintas. Temos características muito parecidas, apesar de, a primeira vista, sermos diferentes. A confiança e a presunção de boa-fé que depositamos (esperamos) de terceiros está cada vez mais escassa na sociedade, mas não em nós. E cada vez que a falta de sinceridade e de boa-fé nos é apresentada, a decepção que sentimos em relação àqueles nos faz encontrar os nossos respectivos caos. Acredito que nós dois já chegamos a ser taxados de ingênuos, e até de burros (eu, pelo menos, já fui), por acreditar demais na sinceridade alheia; mas, pelo menos eu, não consigo mudar isso, e a impressão que tenho é que ela também não consegue. Mas, penso que essa incapacidade de mudança deve ser vista como algo bom, porque mantém sempre as nossas expectativas altas, esperando o melhor dos outros; e creio que isso ninguém deve perder. Esperamos dos outros que portem-se demonstrando a nobreza de caráter que nos é transmitida na infância, em cujo modelo devemos espelhar nossas vidas. Porém, as experiências demonstram que o modelo nunca é atingido, até porque é utópico, mas chegar próximo dele já é suficiente; apesar de que, a maioria das pessoas não consegue mais isso, ou, pior ainda, não quer. E essa dificuldade alheia em atingir essas qualidades em suas relações interpessoais faz com que atinjamos o nosso caos. Mas cada um de nós tem suas armas para combater o caos... Algumas delas nos são comuns e muito utilizadas por ambos... Uma boa conversa com alguém de confiança ainda é uma das usadas, até pela sua eficiência comprovada. A mudança de foco também é uma boa saída: estudo para alguns, trabalho para outros. Há aqueles que preferem enfrentar esse caos buscando não focar em outra coisa, mas, tentar uma abordagem direta no ponto específico causador do caos para expulsar o Leviatã. A única que pode (deve) ser sempre conjugada com outra é a amizade verdadeira que alguém nos oferece. Esta deve sempre ser utilizada, não só quando o caos se aproxima, mas também, e principalmente, em momentos em que o caos nem aparece na linha do horizonte.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Feelings n' Theories From Outside - by Grazielly AB

Fra(n)camente

Sou fra(n)ca: reconheço minha fra(*)queza.

Tenho interrogações e exclamações de toda ordem dentre de mim e, para me manter em condições socialmente aceitáveis, adotei prioridades, valores e métodos para a convivência social que acalmam o turbilhão de dúvidas, palavrões e atos inconsequentes.

Criei meu (im)próprio sistema normativo para me manter razoavelmente livre na civilização atual; normas que me são convenientes e que ditam a minha conduta, a fim de que esta possa conversar polidamente com as (in)conveniências (a)sociais.

Pareço forte, apesar de (in)delicada. Mas sou fra*ca, apesar de determinada e (ir)racional.

Não me preocupo se me agridem; não deixo de dormir se blasfemam contra mim. Mas me sinto devassa(da) quando eu tropeço no meu próprio pé, quando não enxergo a porta de vidro e esborracho meu nariz nela, quando planejo a festa e todos justificam a sua ausência.

A problemática aponta para o ato de eu me enganar. A mim mesma myself reiteradamente à minha pessoa.

Caio no chão (se ali não estiver) e choro uma agonia que surge do universo dentro do meu peito; explodo de raiva e não me enxergo mais – perco-me. Deixo-me de lado por conta da decepção que me impingi: não vi além, não esperei mais um pouco, não li nas entrelinhas, não li históricos, não procurei saber. Omiti-me da verdade e me vesti de ilusão do “pode ser dessa vez”. Não duvidei o suficiente...

Perco-me e me perco de todos. Sinto-me envergonhada pela minha fra*queza e esmorecida pela dureza do que sofro. Embora, no entanto, socialmente bem enquadrada, sou internamente uma negativa caótica quando minha harmonia perde o compasso e se transforma em uma (sin)tonia (des)afinada e (des)alinhada.

Minhas determinações permanecem, externamente, enquanto todos olham. Aqui, no entanto, volvem-se aqueles questionamentos malcriados que condicionam os atos seguintes e me levam ao outro canto da sala. E lá choro mais um pouco, descascando o ranço em minha pele, torcendo para que as cicatrizes permaneçam para que elas me ajudem a lembrar de duvidar mais um pouco. Seco as lágrimas do chão, recolho e queimo as cascas, sorrio com o calor do tremular do fogo, assopro as cinzas e derrubo as paredes do canto. O que há ali fora com esse (novo) ponto de vista?

Cansa, dói, exaure, quase extingue. Penso que, por isso, sinto-me fra*ca. Penso que, por isso, me deveria exigir menos... na proporção da minha fra*queza.

Feelings n' Theories From Outside - Intro

A partir de hoje este blog não conterá mais apenas os meus escritos, mas também terá colaborações de pessoas dispostas a discorrer sobre o tema proposto nesse blog. Mas não é para qualquer pessoa (quem vê isso escrito imagina que eu penso que este blog é a oitava maravilha do mundo); mas na intenção de manter um alto nível de conteúdo, apesar da liberdade de expressão sempre garantida, os convites são poucos e direcionados para poucos selecionados e merecedores. Alguns convites ainda não foram feitos, mas a primeira colaboração acaba de chegar... Espero que apreciem...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Caos Psicológico

Segundo o dicionário Aurélio, caos significa “confusão geral dos elementos da matéria, antes da presumível criação do Universo”. Segundo a utilização cotidiana, caos significa apenas uma “confusão geral de elementos”, não necessariamente da matéria, mas de qualquer coisa... em suma, uma bagunça, uma desorganização. Esse caos pode ser físico ou psicológico. Atualmente o caos físico passou a ser tolerável, até aceitável, uma vez que torna-se cada vez mais difícil evitar esse caos. A rápida evolução de tecnologias e uma sobrecarga cada vez maior exigida pelo mercado de trabalho, bem como pelas convenções sociais faz com que o caos psicológico seja cada vez mais fácil de ser alcançado, e cada vez mais difícil de ser deixado para trás. Muitos de nós não conseguem nem perceber que já sucumbiram às garras do Leviatã e pensam que estão apenas passando por uma fase difícil, ou por um período estressante, seja no campo profissional, amoroso, familiar. Mas, ao contrário disso, escapar do Leviatã não é tão fácil quanto parece, e nem sempre é possível que fujamos dele por nossas próprias pernas. O primeiro passo é assumir que fomos capturados pelo Leviatã, para então, sabedores da prisão, procurar uma fenda nas paredes para escapar. Mas isso não basta, é necessário saber que, aqui fora, longe das garras do Leviatã, sempre existem aqueles agentes duplos. São pessoas que dizem querer ajudar, mas na verdade ajudam-nos a tropeçar e sucumbir ao Leviatã. Alguns desses, inclusive, fazem questão de nos entregar pessoalmente ao todo poderoso guardião do caos. O importante a fazer aqui fora (da prisão) é ter a habilidade para identificar esses agentes do Caos e, não livrarmo-nos deles, mas conseguir identificar suas intenções e levantar a guarda para quando o Leviatã tentar se manifestar através deles. Mas, o mais legal de enfrentar o Leviatã, é conseguir se livrar dele, mesmo que seja aos poucos, porque essa batalha é sempre demorada e encontrar o reforço em quem realmente se importa com você e ter a certeza de que algumas pessoas não são os agentes duplos. Isso porque, por mais que seja errado isso, descobrir um agente duplo dói mais do que a nossa própria captura pelo Leviatã. Porém, é sempre muito gratificante ter a certeza de que uma pessoa especial também declara guerra ao nosso Leviatã!!

(Postado em http://genealogiadocaos.blogspot.com em 19/02/2010)

Inferno astral, relatividade e caos...

Apesar de muita gente acreditar que a expressão “inferno astral” refere-se à astrologia, especificamente quando indica aquele período de aproximadamente um mês antes do nosso aniversário, penso, na verdade, que o inferno astral de cada um é relativo... Não existe uma data específica para ele começar e terminar, e não há um período predeterminado. Fico pensando como é possível ir do paraíso ao inferno em tão pouco tempo... dependendo de cada caso, isso é possível em segundos, minutos; em situações de grande monta e complexidade apenas algumas horas são suficientes para uma mudança drástica de direção fazendo com que se caia do céu de cara no chão, e depois quando se acha que não há mais para onde cair, o buraco se abre para que se possa ao inferno (ou fundo do poço, se quiser chamar assim)... Isto porque se chegamos a esse ponto, as informações e impressões que nos eram passadas pelo ambiente e por quem estava a nossa volta já estavam nos confundindo há algum tempo (lembrando que esse algum tempo é sempre relativo). Mas o pior golpe é aquele que vem quando menos se espera... As informações distorcidas que começam a aparecer para nós no céu juntam-se a uma pedra no meio do caminho em que tropeçamos e começa a queda. Enfim, quando se chega a esse inferno é que o caos tenta se instalar. Obviamente porque é a melhor oportunidade para que o Leviatã (guardião do caos, segundo a mitologia) passe a dominar. É que quando se está nessa situação todos os nossos sentidos parecem nos confundir, uma vez que passam a obter informações distorcidas do ambiente em que estamos, levando a um negativismo impressionante. Nesse momento, é preciso uma força hercúlea para conseguir parar e raciocinar sem ouvir o que o Leviatã fica sussurrando em nossos ouvidos. Muitas vezes, mesmo quando já se está no inferno, acreditamos que as coisas podem ficar ainda pior, para só então pedir uma corda para escalar o poço até chegarmos a terra... Apesar de que o buraco nunca é tão fundo que não haja uma corda longa o suficiente para nos ajudar a subir, de fato, quanto mais fundo o poço em que estamos, mais difícil é a subida. É preciso nos livrarmos das garras do Leviatã e começar a escalar o fundo do poço. Temos que acreditar que não é somente uma corda forte que pode nos ajudar na escalada, mas que cordas aparentemente frágeis, em conjunto, fazem uma corda forte, através da qual podemos chegar de volta à terra firme, onde não exista uma areia movediça nos puxando para baixo... É preciso, antes de mais nada, manter a cabeça no lugar e os olhos bem abertos para que possamos enxergar essas frágeis cordas, juntá-las, escalar e escapar das garras do caos...

(postado em http://genealogiadocaos.blogspot.com em 17/02/2010)

I'm back

Depois de uns dias postando apenas para mim mesmo, e contribuindo em blogs de alguns conhecidos, percebi que deveria continuar este blog... Quem não gostar do que está escrito aqui, ou algo assim, que não acesse mais... Quem gostar, se interessar, fique a vontade para mandar comentários... Como já disse, este espaço trata-se apenas de um local para exposição de ideias e sentimentos, sem a necessidade de que se chega a conclusão alguma.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

The End

Depois de uns 10 dias de experiência com esse negócio do blog... to parando por aqui...
Vi que o blog não estava atingindo os objetivos a que me propus quando o iniciei...
Continuarei escrevendo, apenas não vou mais publicar as coisas aqui...
Quem sabe daqui a um tempo, eu tento de novo...
Quando surgir inspiração para outros temas...
Até mais.