sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tudo é relativo (?)

Todos sempre dizem que tudo é relativo. Mas inclusive essa afirmação é relativa, logo, nem tudo é relativo. Fico tentando imaginar como algumas coisas podem ser relativas para uns e não para outros. Existem alguns fatos que simplesmente são ou não são absolutos. E, se um fato é absoluto, e não relativo, torna-se necessário assumir todas as consequências disso. Essas consequências as vezes assustam a muitos, fazendo com que desistam do que tinham em mente por ter medo, às vezes, das consequências dessas decisões. Em algumas ocasiões são consequências boas, mas que trarão uma mudança de perspectiva que chega a assustar. E, no final, volta-se atrás para não arriscar por receio do que essas decisões podem trazer ao cotidiano dos envolvidos. É óbvio que ninguém gosta de mudanças. Isso é natural do ser humano. Mas, mesmo mudanças que a primeira vista parecem incomodar, só porque alteraram o status quo, essas mudanças, muitas vezes, podem levar a uma alteração de perspectiva sobre muitas coisas, e, quem sabe, trazer a felicidade que todos procuram. Apesar de haver vários significados para todas as palavras da nossa língua, as palavras são utilizadas sempre dentro de um contexto, em que, algumas vezes, não é permitida uma relatividade. Ou é, ou não é. E, uma vez que se toma uma decisão, penso que não é tão simples mudar. Embora, para alguns seja. Talvez porque não estivessem dentro do mesmo contexto em que a relatividade das palavras não existisse. E esse feeling de observar o contexto em que se está é que é difícil de ser conquistado. Muitas vezes pensamos que estamos em uma situação, quando nos é mostrado que a coisa não era bem assim, e o que era (é) absoluto para nós, era (é) relativo – e muito – para outros.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

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Sem ideia nenhuma hoje para escrever... então, segue uma boa música, que é muito melhor do que qualquer texto vindo de uma mente vazia.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Feelings and Chaos

(interseção entre os temas de dois blogs)

Quando esta ideia me surgiu na cabeça, pensei que seria fácil escrever sobre o caos de outra pessoa, justamente por conhecê-la razoavelmente bem a ponto de entender um pouco do seu caos. Não que as ideias não tenham surgido... elas, de fato, borbulham na minha mente... mas uma grande (e estranha) dificuldade em passá-las para palavras até me assusta. Trata-se de uma grande amiga com inúmeras qualidades a quem eu admiro muito e tenho um grande carinho. Começo a pensar em algumas experiências em comum, e, até pela proximidade, me é mais fácil visualizar estes últimos dias, em que estamos tendo um contato maior do que o habitual. Penso que agora estou começando a conhecer o seu caos; que para falar a verdade é bem parecido com o meu. Já nos conhecemos há cerca de quatro anos, mas somente agora estou podendo ver quem ela realmente é. Chega a ser engraçado ver alguém com um caos tão parecido com o meu próprio caos. (Quando falo “caos” refiro-me aqui às intempéries de ordem emocional originadas pelas mais diversas razões). Apesar de sermos amigos há um bom tempo, como todos os amigos, temos momentos de uma maior aproximação ou de um afastamento; não por nossa vontade, mas porque a vida nos obriga a isso. Essa maior aproximação nestes últimos dias me fez perceber o quanto somos parecidos, os nossos caos têm origens semelhantes, apesar de estarem baseados em experiências distintas. Temos características muito parecidas, apesar de, a primeira vista, sermos diferentes. A confiança e a presunção de boa-fé que depositamos (esperamos) de terceiros está cada vez mais escassa na sociedade, mas não em nós. E cada vez que a falta de sinceridade e de boa-fé nos é apresentada, a decepção que sentimos em relação àqueles nos faz encontrar os nossos respectivos caos. Acredito que nós dois já chegamos a ser taxados de ingênuos, e até de burros (eu, pelo menos, já fui), por acreditar demais na sinceridade alheia; mas, pelo menos eu, não consigo mudar isso, e a impressão que tenho é que ela também não consegue. Mas, penso que essa incapacidade de mudança deve ser vista como algo bom, porque mantém sempre as nossas expectativas altas, esperando o melhor dos outros; e creio que isso ninguém deve perder. Esperamos dos outros que portem-se demonstrando a nobreza de caráter que nos é transmitida na infância, em cujo modelo devemos espelhar nossas vidas. Porém, as experiências demonstram que o modelo nunca é atingido, até porque é utópico, mas chegar próximo dele já é suficiente; apesar de que, a maioria das pessoas não consegue mais isso, ou, pior ainda, não quer. E essa dificuldade alheia em atingir essas qualidades em suas relações interpessoais faz com que atinjamos o nosso caos. Mas cada um de nós tem suas armas para combater o caos... Algumas delas nos são comuns e muito utilizadas por ambos... Uma boa conversa com alguém de confiança ainda é uma das usadas, até pela sua eficiência comprovada. A mudança de foco também é uma boa saída: estudo para alguns, trabalho para outros. Há aqueles que preferem enfrentar esse caos buscando não focar em outra coisa, mas, tentar uma abordagem direta no ponto específico causador do caos para expulsar o Leviatã. A única que pode (deve) ser sempre conjugada com outra é a amizade verdadeira que alguém nos oferece. Esta deve sempre ser utilizada, não só quando o caos se aproxima, mas também, e principalmente, em momentos em que o caos nem aparece na linha do horizonte.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Feelings n' Theories From Outside - by Grazielly AB

Fra(n)camente

Sou fra(n)ca: reconheço minha fra(*)queza.

Tenho interrogações e exclamações de toda ordem dentre de mim e, para me manter em condições socialmente aceitáveis, adotei prioridades, valores e métodos para a convivência social que acalmam o turbilhão de dúvidas, palavrões e atos inconsequentes.

Criei meu (im)próprio sistema normativo para me manter razoavelmente livre na civilização atual; normas que me são convenientes e que ditam a minha conduta, a fim de que esta possa conversar polidamente com as (in)conveniências (a)sociais.

Pareço forte, apesar de (in)delicada. Mas sou fra*ca, apesar de determinada e (ir)racional.

Não me preocupo se me agridem; não deixo de dormir se blasfemam contra mim. Mas me sinto devassa(da) quando eu tropeço no meu próprio pé, quando não enxergo a porta de vidro e esborracho meu nariz nela, quando planejo a festa e todos justificam a sua ausência.

A problemática aponta para o ato de eu me enganar. A mim mesma myself reiteradamente à minha pessoa.

Caio no chão (se ali não estiver) e choro uma agonia que surge do universo dentro do meu peito; explodo de raiva e não me enxergo mais – perco-me. Deixo-me de lado por conta da decepção que me impingi: não vi além, não esperei mais um pouco, não li nas entrelinhas, não li históricos, não procurei saber. Omiti-me da verdade e me vesti de ilusão do “pode ser dessa vez”. Não duvidei o suficiente...

Perco-me e me perco de todos. Sinto-me envergonhada pela minha fra*queza e esmorecida pela dureza do que sofro. Embora, no entanto, socialmente bem enquadrada, sou internamente uma negativa caótica quando minha harmonia perde o compasso e se transforma em uma (sin)tonia (des)afinada e (des)alinhada.

Minhas determinações permanecem, externamente, enquanto todos olham. Aqui, no entanto, volvem-se aqueles questionamentos malcriados que condicionam os atos seguintes e me levam ao outro canto da sala. E lá choro mais um pouco, descascando o ranço em minha pele, torcendo para que as cicatrizes permaneçam para que elas me ajudem a lembrar de duvidar mais um pouco. Seco as lágrimas do chão, recolho e queimo as cascas, sorrio com o calor do tremular do fogo, assopro as cinzas e derrubo as paredes do canto. O que há ali fora com esse (novo) ponto de vista?

Cansa, dói, exaure, quase extingue. Penso que, por isso, sinto-me fra*ca. Penso que, por isso, me deveria exigir menos... na proporção da minha fra*queza.

Feelings n' Theories From Outside - Intro

A partir de hoje este blog não conterá mais apenas os meus escritos, mas também terá colaborações de pessoas dispostas a discorrer sobre o tema proposto nesse blog. Mas não é para qualquer pessoa (quem vê isso escrito imagina que eu penso que este blog é a oitava maravilha do mundo); mas na intenção de manter um alto nível de conteúdo, apesar da liberdade de expressão sempre garantida, os convites são poucos e direcionados para poucos selecionados e merecedores. Alguns convites ainda não foram feitos, mas a primeira colaboração acaba de chegar... Espero que apreciem...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Caos Psicológico

Segundo o dicionário Aurélio, caos significa “confusão geral dos elementos da matéria, antes da presumível criação do Universo”. Segundo a utilização cotidiana, caos significa apenas uma “confusão geral de elementos”, não necessariamente da matéria, mas de qualquer coisa... em suma, uma bagunça, uma desorganização. Esse caos pode ser físico ou psicológico. Atualmente o caos físico passou a ser tolerável, até aceitável, uma vez que torna-se cada vez mais difícil evitar esse caos. A rápida evolução de tecnologias e uma sobrecarga cada vez maior exigida pelo mercado de trabalho, bem como pelas convenções sociais faz com que o caos psicológico seja cada vez mais fácil de ser alcançado, e cada vez mais difícil de ser deixado para trás. Muitos de nós não conseguem nem perceber que já sucumbiram às garras do Leviatã e pensam que estão apenas passando por uma fase difícil, ou por um período estressante, seja no campo profissional, amoroso, familiar. Mas, ao contrário disso, escapar do Leviatã não é tão fácil quanto parece, e nem sempre é possível que fujamos dele por nossas próprias pernas. O primeiro passo é assumir que fomos capturados pelo Leviatã, para então, sabedores da prisão, procurar uma fenda nas paredes para escapar. Mas isso não basta, é necessário saber que, aqui fora, longe das garras do Leviatã, sempre existem aqueles agentes duplos. São pessoas que dizem querer ajudar, mas na verdade ajudam-nos a tropeçar e sucumbir ao Leviatã. Alguns desses, inclusive, fazem questão de nos entregar pessoalmente ao todo poderoso guardião do caos. O importante a fazer aqui fora (da prisão) é ter a habilidade para identificar esses agentes do Caos e, não livrarmo-nos deles, mas conseguir identificar suas intenções e levantar a guarda para quando o Leviatã tentar se manifestar através deles. Mas, o mais legal de enfrentar o Leviatã, é conseguir se livrar dele, mesmo que seja aos poucos, porque essa batalha é sempre demorada e encontrar o reforço em quem realmente se importa com você e ter a certeza de que algumas pessoas não são os agentes duplos. Isso porque, por mais que seja errado isso, descobrir um agente duplo dói mais do que a nossa própria captura pelo Leviatã. Porém, é sempre muito gratificante ter a certeza de que uma pessoa especial também declara guerra ao nosso Leviatã!!

(Postado em http://genealogiadocaos.blogspot.com em 19/02/2010)

Inferno astral, relatividade e caos...

Apesar de muita gente acreditar que a expressão “inferno astral” refere-se à astrologia, especificamente quando indica aquele período de aproximadamente um mês antes do nosso aniversário, penso, na verdade, que o inferno astral de cada um é relativo... Não existe uma data específica para ele começar e terminar, e não há um período predeterminado. Fico pensando como é possível ir do paraíso ao inferno em tão pouco tempo... dependendo de cada caso, isso é possível em segundos, minutos; em situações de grande monta e complexidade apenas algumas horas são suficientes para uma mudança drástica de direção fazendo com que se caia do céu de cara no chão, e depois quando se acha que não há mais para onde cair, o buraco se abre para que se possa ao inferno (ou fundo do poço, se quiser chamar assim)... Isto porque se chegamos a esse ponto, as informações e impressões que nos eram passadas pelo ambiente e por quem estava a nossa volta já estavam nos confundindo há algum tempo (lembrando que esse algum tempo é sempre relativo). Mas o pior golpe é aquele que vem quando menos se espera... As informações distorcidas que começam a aparecer para nós no céu juntam-se a uma pedra no meio do caminho em que tropeçamos e começa a queda. Enfim, quando se chega a esse inferno é que o caos tenta se instalar. Obviamente porque é a melhor oportunidade para que o Leviatã (guardião do caos, segundo a mitologia) passe a dominar. É que quando se está nessa situação todos os nossos sentidos parecem nos confundir, uma vez que passam a obter informações distorcidas do ambiente em que estamos, levando a um negativismo impressionante. Nesse momento, é preciso uma força hercúlea para conseguir parar e raciocinar sem ouvir o que o Leviatã fica sussurrando em nossos ouvidos. Muitas vezes, mesmo quando já se está no inferno, acreditamos que as coisas podem ficar ainda pior, para só então pedir uma corda para escalar o poço até chegarmos a terra... Apesar de que o buraco nunca é tão fundo que não haja uma corda longa o suficiente para nos ajudar a subir, de fato, quanto mais fundo o poço em que estamos, mais difícil é a subida. É preciso nos livrarmos das garras do Leviatã e começar a escalar o fundo do poço. Temos que acreditar que não é somente uma corda forte que pode nos ajudar na escalada, mas que cordas aparentemente frágeis, em conjunto, fazem uma corda forte, através da qual podemos chegar de volta à terra firme, onde não exista uma areia movediça nos puxando para baixo... É preciso, antes de mais nada, manter a cabeça no lugar e os olhos bem abertos para que possamos enxergar essas frágeis cordas, juntá-las, escalar e escapar das garras do caos...

(postado em http://genealogiadocaos.blogspot.com em 17/02/2010)

I'm back

Depois de uns dias postando apenas para mim mesmo, e contribuindo em blogs de alguns conhecidos, percebi que deveria continuar este blog... Quem não gostar do que está escrito aqui, ou algo assim, que não acesse mais... Quem gostar, se interessar, fique a vontade para mandar comentários... Como já disse, este espaço trata-se apenas de um local para exposição de ideias e sentimentos, sem a necessidade de que se chega a conclusão alguma.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

The End

Depois de uns 10 dias de experiência com esse negócio do blog... to parando por aqui...
Vi que o blog não estava atingindo os objetivos a que me propus quando o iniciei...
Continuarei escrevendo, apenas não vou mais publicar as coisas aqui...
Quem sabe daqui a um tempo, eu tento de novo...
Quando surgir inspiração para outros temas...
Até mais.