sábado, 10 de abril de 2010

Na verdade nada esconde essa minha timidez!!


Penso que todos nós, em algum momento da vida já tivemos que escrever sobre nós mesmos... Eu nunca fui muito fã disso, e nem sei de onde surgiu essa vontade de escrever sobre isso, mas vou tentar...

Alguns dias atrás, postei a letra de uma música do Biquíni Cavadão chamada Timidez. Esta música reflete exatamente a minha personalidade nas minhas relações interpessoais. Isto porque, desde tenra idade, não sei por qual motivo, sempre fui muito introvertido e tímido. Durante o ensino fundamental, ao invés dos meus pais serem chamados no colégio porque eu “aprontava”, eles eram chamados porque eu era quieto demais, não me enturmava. Àquela época, isso não me parecia um problema. Eu tinha alguns, poucos, amigos; e isso me era suficiente. Não fazia questão de ser a pessoa mais popular do colégio... pelo contrário, ficava feliz por passar despercebido. Ainda hoje sou assim. Conto nos dedos das mãos quem são os meus verdadeiros amigos. E nesse ponto não faço muita questão de mudar. Sou feliz assim; até porque confio plenamente nesses amigos. Mas essa introspecção vinda desde a infância me trouxe algumas consequências na vida adulta. Pelo fato de ser extremamente tímido e introvertido tenho extrema dificuldade em começar uma conversa com uma pessoa desconhecida, o que resulta nos poucos amigos. Se começar uma amizade já me é complicado, quem dirá começar um approach com “segundas intenções”. Só de pensar nisso já começo a passar mal. Relembrar a última vez que fiz isso me gera uma dor de estômago e uma sudorese impressionante. E, realmente não sei o porquê disso. Não consigo, ainda, achar a causa para essa reação. Mas, além desses sintomas que me acometem quando da “abordagem” inicial, surge um completo vácuo em minha mente. E isso é que é o pior de tudo, porque com a falta de ideias, não surge a conversa; e consequentemente, sem a conversa, não surge nada a mais. Isso resulta na solidão que me acompanha há tanto tempo, com alguns raros intervalos. Chega a ser impressionante, porque, além do branco na mente, surgem as dúvidas, do tipo: “será que falo sobre isso?” “será que falo sobre aquilo?” e acabo não falando sobre nada com medo de começar um tema que não agrade, ou algo do gênero. Dessa forma, logo após o “Oi. Tudo bem contigo? Como vai a vida?”, o papo termina. Com o passar do tempo, como ainda não consegui resolver esse problema, comecei a evitá-lo. Desse modo, o pânico que me aflige no encontro, já se antecipa para o convite, o que faz com que este seja extremamente pensado, calculado e, quase todas as vezes, seja arquivado sem o conhecimento de qualquer outra pessoa.

Um comentário:

  1. me perdoe os palavrões, mas

    pqp! esse trâmite interno é fodástico, né?
    quantos atos, despachos, decisões, intimações, embargos protelatórios e sentenças. De morte, na maioria das vezes.

    Opa... vou escrever um post sobre sentença de morte, hoho :*

    ResponderExcluir