sexta-feira, 30 de abril de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
Please come back tomorrow...
sábado, 24 de abril de 2010
Tentando escrever, mesmo sem muita inspiração
quinta-feira, 22 de abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Porque eu sei que é amor!!
domingo, 18 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
O Teu Amor é uma Mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver
Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu
O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba, a gente pensa
Que ele nunca existiu
O nosso amor a gente inventa, inventa
O nosso amor a gente inventa, inventa
Te ver não é mais tão bacana
Quanto a semana passada
Você nem arrumou a cama
Parece que fugiu de casa
Mas ficou tudo fora do lugar
Café sem açucar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma estória romântica
O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba, a gente pensa
Que ele nunca existiu
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Iniciando uma folga aos ouvidos alheios
A vida cotidiana nesse período em que vivemos tem se tornado cada vez mais stressante e cansativa... Penso que isso é com todos... Comigo não está sendo diferente. O meu ano já começou mais atribulado do que eu esperava... Algumas coisas já se resolveram (não exatamente como eu queria) Outras só vão se resolver com o tempo. Essas pedras no meio do caminho tem me prejudicado mais do que o habitual ultimamente. Talvez porque a tendência é que as coisas sempre piorem... Mas apesar dessa correria toda, gosto do que faço, do meu trabalho, do que estudo (gostar da faculdade já é outra história). Como sempre, mas nessas horas de stress, mais do que o normal, é sempre bom poder conversar com alguns bons amigos, trocar ideias. Mas, ultimamente, tenho tido uma leve impressão de que estou fazendo isso demais... Talvez por uma necessidade acima do meu normal de interagir com terceiros. De qualquer forma, mesmo que isto esteja me fazendo bem, acho que não tenho o direito de ficar chateando os outros com os meus problemas. Possivelmente, eu já devia ter percebido isto há algum tempo... mas nunca é tarde demais (eu acho...) Então, aqueles amigos que sempre me ouvem terão uma folga das minhas reclamações... Pelo menos por um tempo... Não dá pra guardar os problemas para sempre... As vezes temos que compartilhar e trocar ideias, mas agora não é o momento disto.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
Eu-te-amo
Confusões virtuais
A internet nos possibilita uma eliminação de distância para que tenhamos contato com pessoas que estão muito longe de nós. E, da mesma forma, facilita o contato até mesmo com aqueles que nem estão muito longe. Mas essa forma de comunicação tem um grande problema, que pode gerar alguns conflitos. Por tratar-se de uma forma de comunicação escrita, não é possível dar a entonação às frases, nem demonstrar de forma clara se estamos fazendo uma brincadeira, ou coisa parecida. Isso gera mal entendidos... Já tenho conhecimento disto há um certo tempo, por experiência próprio, uma vez que já passei por situações de não me fazer entender quando conversava pelo MSN. Então, sempre tento ser o mais claro possível e escrever sem margem à duplas interpretações. Ocorre que, apesar de estar muito claro para mim e não existir dúvidas quanto ao significado do que falo, o receptor pode entender de forma diversa... ou mesmo que a uma pergunta siga uma risada, o interlocutor pode levar a sério o que seria uma brincadeira e a confusão está formada. Às vezes tenho vontade de parar de usar esse meio de comunicação, justamente para evitar problemas desta ordem.
Mesmo postado há quase dois meses, continua valendo...
sábado, 10 de abril de 2010
Na verdade nada esconde essa minha timidez!!
Penso que todos nós, em algum momento da vida já tivemos que escrever sobre nós mesmos... Eu nunca fui muito fã disso, e nem sei de onde surgiu essa vontade de escrever sobre isso, mas vou tentar...
Alguns dias atrás, postei a letra de uma música do Biquíni Cavadão chamada Timidez. Esta música reflete exatamente a minha personalidade nas minhas relações interpessoais. Isto porque, desde tenra idade, não sei por qual motivo, sempre fui muito introvertido e tímido. Durante o ensino fundamental, ao invés dos meus pais serem chamados no colégio porque eu “aprontava”, eles eram chamados porque eu era quieto demais, não me enturmava. Àquela época, isso não me parecia um problema. Eu tinha alguns, poucos, amigos; e isso me era suficiente. Não fazia questão de ser a pessoa mais popular do colégio... pelo contrário, ficava feliz por passar despercebido. Ainda hoje sou assim. Conto nos dedos das mãos quem são os meus verdadeiros amigos. E nesse ponto não faço muita questão de mudar. Sou feliz assim; até porque confio plenamente nesses amigos. Mas essa introspecção vinda desde a infância me trouxe algumas consequências na vida adulta. Pelo fato de ser extremamente tímido e introvertido tenho extrema dificuldade em começar uma conversa com uma pessoa desconhecida, o que resulta nos poucos amigos. Se começar uma amizade já me é complicado, quem dirá começar um approach com “segundas intenções”. Só de pensar nisso já começo a passar mal. Relembrar a última vez que fiz isso me gera uma dor de estômago e uma sudorese impressionante. E, realmente não sei o porquê disso. Não consigo, ainda, achar a causa para essa reação. Mas, além desses sintomas que me acometem quando da “abordagem” inicial, surge um completo vácuo em minha mente. E isso é que é o pior de tudo, porque com a falta de ideias, não surge a conversa; e consequentemente, sem a conversa, não surge nada a mais. Isso resulta na solidão que me acompanha há tanto tempo, com alguns raros intervalos. Chega a ser impressionante, porque, além do branco na mente, surgem as dúvidas, do tipo: “será que falo sobre isso?” “será que falo sobre aquilo?” e acabo não falando sobre nada com medo de começar um tema que não agrade, ou algo do gênero. Dessa forma, logo após o “Oi. Tudo bem contigo? Como vai a vida?”, o papo termina. Com o passar do tempo, como ainda não consegui resolver esse problema, comecei a evitá-lo. Desse modo, o pânico que me aflige no encontro, já se antecipa para o convite, o que faz com que este seja extremamente pensado, calculado e, quase todas as vezes, seja arquivado sem o conhecimento de qualquer outra pessoa.
...
Sempre dizem que sentimentos a gente não escolhe, eles simplesmente acontecem. De fato, a gente não escolhe o que vai sentir por uma pessoa, mas é possível, com um certo esforço, deixar que esse sentimento cresça ou, se nos for conveniente, impedir isso. Na maioria das vezes não nos preocupamos com isso e deixamos as coisas acontecer naturalmente. Mas depois de um tempo, e já com uma certa experiência, aprendemos que é melhor reprimir alguns sentimentos assim que eles surgem a fim de evitar danos maiores. Mesmo sendo sentimentos que poderiam ter um reflexo positivo em nossas vidas, as experiências anteriores já nos ensinaram que tanto quanto um reflexo positivo, o contrário também pode ocorrer. E é buscando evitar isso que, às vezes, reprimimos alguns sentimentos iniciais. Nunca será possível descobrir o que teria acontecido, mas, mesmo assim, nos é mais seguro que nada aconteça, para que possamos manter o status quo e, assim, ter o controle da situação. É claro que isso não pode ocorrer sempre, porque, se o fizéssemos, estaríamos fadados a uma vida de solidão, e sem amor; o que me parece impossível de ocorrer por um período prolongado. Ficar sozinho por um tempo, para que possamos organizar as nossas ideias e desenvolver alguns projetos pessoais é sempre bom. Mas, ninguém, absolutamente ninguém, consegue viver por muito tempo sem uma pessoa especial ao seu lado, com quem haja uma relação envolvendo sentimentos. Alguém com que se possa conversar sobre qualquer assunto e com quem exista uma cumplicidade. Atualmente, acredito que é possível existir uma relação de amizade, em que exista essa cumplicidade, essa afinidade, entre duas pessoas. Penso que não é necessário que exista uma relação amorosa (no sentido estrito) para que possa existir essa afinidade. Entre dois amigos, que também podem se amar (no sentido lato), é possível que exista essa afinidade e essa cumplicidade. É isso que, aqueles que enfrentam uma dificuldade em estabelecer um relacionamento estável e duradouro devem procurar. Porque a solidão não é merecida nem a nosso pior inimigo.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Fragmentos do "Fragmentos de um discurso amoroso" de Roland Barthes
O psicótico vive sob o temor do aniquilamento (do qual as diversas psicoses seriam apenas defesas). Mas "o temor clínico do aniquilamento que já foi experimentado (primitive agony) [...] e há momentos em que um paciente precisa que lhe digam que o aniquilamento cujo temor mina sua vida já ocorreu". O mesmo, parece, se passa com a angústia do amor: ela é o temor de um luto que já ocorreu, desde a origem do amor, desde o momento em que fiquei encantado. Seria preciso que alguém pudesse me dizer: "Não fique mais angustiado, você já o(a) perdeu".
DECLARAÇÃO - Propensão do sujeito apaixonado a alimentar o ser amado, fartamente, com contida emoção, do seu amor, dele, de si, deles: a declaração não diz respeito à confissão do amor, mas à forma, infinitamente comentada da relação amorosa.
A linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse palavras ao invés de dedos, ou dedos na ponta das palavras. Minha linguagem treme de desejo. A emoção de um duplo contacto: de um lado, toda uma atividade do discurso vem, discretamente, indiretamente, colocar em evidência um significado único que é "eu te desejo", e liberá-lo, alimentá-lo, ramificá-lo, fazê-lo explodir (a linguagem goza de se tocar a si mesma); por outro lado, envolvo o outro nas minhas palavras, eu o acaricio, o roço, prolongo esse roçar, me esforço em fazer durar o comentário ao qual submeto a relação.
(Falar amorosamente é gastar interminavelmente, sem crise; é praticar uma relação sem orgasmo. Existe talvez uma forma literária desse coïtus reservatus: é o marivaudage.)
A pulsão do comentário se desloca, toma o caminho das substituições. De início é para o outro que eu discorro sobre a relação; mas pode ser também diante do confidente: de você passo a ele. E depois, de ele passo a nós; elaboro um discurso abstrato sobre o amor, uma filosofia da coisa, que seria apenas, um suma, um blá-blá-blá generalizado. Refazendo a partir daí o caminho inverso, poder-se-ia dizer que todo dito que tem por objeto o amor (seja o que for que se queira destacar) comporta fatalmente uma alocução secreta (me dirijo a alguém, que vocês não sabem, mas que está lá na extremidade das minhas máximas). No Banquete, essa alocução talvez exista: seria Ágaton que Alcibíades interpelaria e desejaria sob a escuta de um analista, Sócrates. (A atopia do amor, aquilo que o faz propriamente escapar a todas as dissertações, seria que, em última instância, não é possível falar dele a não ser segundo uma estrita determinação alocutória; seja ele filosófico, gnômico, lírico ou romanesco, há sempre no discurso sobre o amor uma pessoa a quem se dirige, mesmo que essa pessoa tivesse passado ao estado de fantasma ou de criatura a vir. Ninguém tem vontade de falar de amor, se não for para alguém.)
ENCONTRO - A figura se refere ao tempo feliz que se seguiu imediatamente ao primeiro rapto, antes que nascessem as dificuldades do relacionamento amoroso.
Se bem que o discurso amoroso seja apenas uma poeria de figuras que se agitam segundo uma ordem imprevisível como uma mosca voando num quarto, posso atribuir ao amor, pelo menos retrospectivamente, imaginariamente, um movimento organizado: é por essa fantasia histórica que às vezes faço do amor uma aventura. O trajeto amoroso parece então seguir três etapas (ou três atos): a primeira é instantânea, a captura (sou raptado por uma imagem); em seguida vem uma série de encontros (encontros pessoais, telefonemas, cartas, pequenas viagens), no decorrer dos quais "exploro", extasiado, a perfeição do ser amado, ou melhor, a adequação inesperada de um objeto ao meu desejo: é a doçura do começo, o tempo do idílio. Esse tempo feliz adquire sua identidade (sua limitação) pelo fato de se opor (pelo menos na lembrança) à "continuação"; e "a continuação" é o longo desfile de sofrimentos, mágoas, angústias, aflições, ressentimentos, desesperos, embaraços e armadilhas dos quais me torno presa, vivendo então sem trégua sob a ameaça de uma decadência que atingiria ao mesmo tempo o outro, eu mesmo e o encontro prodigioso que no começo nos descobriu um ao outro.
Há enamorados que não se suicidam: é possível que eu saia desse "túnel" que se segue ao encontro amoroso: revejo a luz do dia, seja conseguindo dar ao amor infeliz uma saída dialética (conservando o amor, mas me livrando da hipnose), seja abandonando esse amor, e retomando o caminho, procurando reiterar, com outros, o encontro do qual guardo o deslumbramento: porque ele é da ordem do "primeiro prazer" e não sossego enquanto ele não volta: afirmo a afirmação, recomeço, sem repetir. (O encontro irradia; mais tarde, o sujeito fará dos três momentos do trajeto amoroso um só momento; ele falará do "deslumbrante túnel do amor".
LOUCO - O sujeito apaixonado é atravessado pela ideia de que ele está ou está ficando louco.
Estou louco de amor, não estou louco de poder dizê-lo, eu desdobro minha imagem: sou demente aos meus próprios olhos (conheço meu delírio), perdi simplesmente a razão aos olhos dos outros, a quem conto comportadamente minha loucura: consciente dessa loucura, discurso sobre ela.
Achamos que todo enamorado é louco. Mas podemos imaginar um louco enamorado? De modo algum. Eu só tenho direito a uma loucura pobre, incompleta, metafórica; o amor me deixa como louco, mas não comunico com a sobrenatureza, não há em mim nada sagrado: minha loucura, simples perda da razão, é insignificante e até invisível; de resto totalmente recuperada pela cultura: ela não mete medo. (É entretanto no estado amoroso que certos sujeitos razoáveis adivinham de repente que a loucura existe, é possível, está bem próxima: uma loucura na qual o próprio amor naufragaria.)
terça-feira, 6 de abril de 2010
Poemas
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te!
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.